“A partir de 1º de julho, o serviço de transporte aéreo médico de emergência será prestado por aeronaves e equipes médicas da Força Aérea Portuguesa”, disse um comunicado conjunto dos Ministérios da Defesa Nacional e da Saúde.
Segundo o Governo, esta solução encontrada pelos dois ministérios, garante o Serviço Nacional de Emergência aos portugueses, até que o concurso público internacional para a contratação do serviço de helicópteros médicos de emergência do INEM (SHEM), adjudicado em março à empresa Gulf Med Aviation Services, obtenha a aprovação do Tribunal de Contas e possa ser operacionalizado sob as melhores condições de segurança.
Na quarta-feira, a ministra da Saúde admitiu que havia restrições em ter helicópteros médicos de emergência em Portugal a partir de 1º de julho, mas esperava que essas dificuldades fossem superadas.
“Estamos finalizando soluções para que, até 1º de julho, o sistema médico de emergência continue a ter a aeronave de que precisamos no país”, afirmou Ana Paula Martins no Porto.
Na ocasião, o ministro também destacou que a questão dos helicópteros era um assunto de “grande importância” que preocupava o Governo, alegando que, dado que o contrato está aguardando aprovação do Tribunal de Contas, o executivo teria que ser capaz de “superar esses problemas e encontrar soluções para atender às suas necessidades”.
Em 5 de junho, o Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEM) garantiu que tinha cenários alternativos para a eventual impossibilidade de o contrato dos quatro helicópteros médicos de emergência entrar em vigor em 1º de julho, por falta de aprovação do Tribunal de Contas.
“Esses cenários podem envolver o uso do operador atual ou de outros que reúnam as condições exigidas pelo INEM”, explicou o INEM na época em resposta à agência de notícias Lusa, após o aviso do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de que os helicópteros não estariam operacionais em julho.
O concurso público internacional para a contratação do serviço de helicópteros médicos de emergência do INEM foi adjudicado à empresa Gulf Med Aviation Services Limited em 26 de março, após um procedimento conduzido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
O contrato assinado entre o Estado, através do Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEM), e a empresa GulfMed Aviation prevê quatro helicópteros H145 D3 com tripulações certificadas, incluindo pilotos fluentes em português.
O concurso público internacional foi concedido à empresa com sede em Malta por aproximadamente 77,4 milhões de euros.
O sistema de emergência do INEM prevê quatro bases operacionais com helicópteros em Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé.