"A circulação ferroviária foi suspensa em todo o país. Portanto, isto mostra que houve uma adesão praticamente total dos trabalhadores desde a meia-noite", disse à Lusa José Manuel Oliveira, da FECTRANS, sublinhando que, apesar do trabalho feito entre a administração e os sindicatos,"a CP está a funcionar com menos trabalhadores do que o necessário".
A greve, que se prolonga até 14 de maio, terá um impacto acrescido hoje e quinta-feira, devido ao maior número de sindicatos (14) que aderiram à paralisação nestes dias.
A greve entre hoje e quinta-feira foi convocada pela Associação Sindical dos Gestores Intermédios de Operações Ferroviárias (ASCEF), a Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), o Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), o Sindicato Nacional dos Ferroviários da Movimentação e Afins (SINAFE), o Sindicato Nacional Democrático dos Ferroviários (SINDEFER), o Sindicato Independente dos Trabalhadores das Infra-estruturas e Afins (SINFA), o Sindicato Nacional Independente dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria e Transportes (SINTTI), o Sindicato Independente dos Operadores Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos (SNAQ), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Metro e dos Caminhos-de-Ferro (STMEFE).
A esta greve junta-se, hoje e quinta-feira, a convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) e, entre 7 e 14 de maio, a convocada pelo Sindicato dos Ferroviários da Revisão Itinerante Comercial (SFRCI).
Por decisão do Tribunal Arbitral, as greves não têm serviços mínimos.
No entanto, devem ser assegurados os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações, os serviços de emergência, os comboios de socorro e todos os comboios que iniciaram a sua viagem devem ser conduzidos ao seu destino.
Contactada pela Lusa, fonte da CP confirmou que não há comboios em circulação, informação que a empresa deverá atualizar a meio da manhã.