O líder socialista defendeu que o PS "é a verdadeira alternativa para governar para a maioria do povo português" e não para "uma minoria", como considerou estar a acontecer com o executivo PSD-CDS.

"A AD está a mostrar que não tem visão para o país, nem ambição para desenvolver esta economia, é incompetente em áreas cruciais para a nossa vida colectiva, como a saúde. É um governo para uma minoria, não é um governo para todos. Invocam a classe média, mas quando chega a hora do aperto, governam para uma minoria", afirmou Pedro Nuno Santos.

O líder socialista lembrou que o PS viabilizou o Orçamento do Estado e deu "condições de governação" à AD em nome da estabilidade, sublinhando que "não queria estas eleições".

Após cerca de um ano de governo, o executivo liderado por Luís Montenegro tem-se revelado um "falhanço" e "agravado os problemas do país", sublinhou.

"A economia portuguesa estava melhor há um ano", disse, apontando ainda uma série de situações no sector da saúde, onde responsabilizou a AD pela "incompetência" na gestão do INEM, pelas dificuldades no acesso aos médicos de família e no funcionamento das unidades de saúde familiar.

"É na saúde que o fracasso da governação da AD é mais evidente. A gestão da crise pelo INEM foi incompetente (...) prometeram que até 2025 haveria um médico de família para todos os utentes. No final de março, tínhamos mais de 50 mil pessoas sem médico de família. Mas ainda há um primeiro-ministro que garante durante a campanha que vai ser fácil e rápido resolver a questão", disse.

Pedro Nuno Santos destacou ainda o trabalho dos governos socialistas no passado, apontando os exemplos do aumento dos salários médios e das pensões e o investimento na ciência, áreas que diz terem sido ignoradas pelo atual executivo.

"O PS aprovou o Orçamento de Estado em nome da estabilidade, a verdade é que o Governo está a fazer um dos maiores cortes de sempre na Fundação para a Ciência e Tecnologia, a principal entidade de financiamento da ciência em Portugal", apontou.

Para a habitação, defendeu um "investimento maciço" para responder a um problema "que afecta toda a classe média".

"As medidas que a AD tomou foram medidas que permitiram a algumas pessoas comprar casa, é verdade. Mas, como não foram acompanhadas de uma política de expansão séria da oferta, a única consequência que tiveram foi a aceleração do preço dos imóveis. E hoje, o que temos são jovens que estão ainda mais longe de conseguir uma casa do que estavam há um ano", lamentou Pedro Nuno Santos.

O líder do PS apresentou ainda medidas concretas do programa socialista, classificando-o como "sério, responsável e exequível de implementar", como a aplicação de 6% de IVA na eletricidade, a regulação do preço do gás engarrafado e a redução do Imposto Único de Circulação (IUC).