"O país ficará muito melhor, quer em termos de controlo das fronteiras externas, quer em termos de vigilância do território nacional, se for criada uma polícia de fronteiras devidamente organizada no seio da PSP", afirmou Leitão Amaro, que se recandidata nas listas eleitorais PSD/CDS.

O Ministro da Presidência e o Ministro da Administração Interna visitaram o Aeroporto de Lisboa e acompanharam a implementação do novo Sistema de Entrada e Saída (SES), um modelo europeu integrado de controlo de fronteiras que deverá entrar em vigor em outubro.

Admitindo que este projeto pode ser implementado pelas forças de segurança sem necessidade de uma unidade especial, Leitão Amaro sublinhou que o modelo ficará completo com meios próprios.

"O Conselho de Ministros aprovou-o, foi ao Parlamento e foi rejeitado, como sabem (...). Acho que ainda hoje ninguém percebe porque é que o Partido Socialista e o Chega votaram contra a criação de uma polícia de fronteiras, a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na PSP", disse.

O líder da coligação AD-PSD/CDS por Viseu prometeu ainda que a atual coligação governamental voltará a apresentar a proposta, independentemente dos resultados das eleições de 18 de maio.

"O Governo continua convencido de que é importante criar uma polícia de fronteira no seio da PSP. Voltaremos logo que possível a insistir nesta possibilidade", afirmou.

"Penso que o país percebe agora a política do Governo de imigração regulada, de uma abordagem mais íntima da política de segurança, respeitando sempre os direitos humanos, respeitando sempre as regras e os direitos de cada português ou estrangeiro que está aqui em território nacional", sublinhou o ministro.

"Rota verde"

Hoje, entrou em vigor a chamada "via verde" para a imigração, um mecanismo que permite às empresas contratar, na origem, os imigrantes de que os sectores económicos portugueses necessitam.

"É a imigração para trabalhar com contrato de trabalho e com condições de dignidade e também de segurança, em que nós dizemos ao país e dizemos aos empregadores que para as pessoas virem e imigrarem para Portugal, tem de haver condições", afirmou, explicando que só o visto não chega, mas que esse documento "tem de ser suportado por um contrato de trabalho real e efetivo e não por fraudes e enganos".

"Acreditamos no contrário, acreditamos no Estado de direito, acreditamos nas autoridades que fazem o seu trabalho de inspeção e nos governos que têm a coragem de regular e este acordo diz que a imigração laboral para Portugal tem de ser feita com regras e condições", acrescentou.