De acordo com os dados divulgados pela REN - Redes Energéticas Nacionais, nos primeiros sete meses do ano, as energias renováveis abasteceram 74% do consumo de eletricidade, com a hídrica a representar 32%, a eólica 25%, a solar 12% e a biomassa 5%, enquanto a produção de gás natural abasteceu 13% do consumo, uma percentagem semelhante à da energia importada.

No mercado de gás natural, o consumo acumulado cresceu 11% até julho, com um aumento de 132% no segmento de produção de eletricidade e uma quebra de 8% no segmento convencional, tendo este último registado o consumo mais baixo desde 2009. A Nigéria e os Estados Unidos mantiveram-se como os principais fornecedores de gás, representando 56% e 32% do total, respetivamente.

Analisando apenas o mês de julho, os dados da REN mostram que o consumo de eletricidade em Portugal manteve a tendência de crescimento dos últimos meses, com uma variação homóloga de 3,8%, ou 2,1% quando ajustado dos efeitos da temperatura e do número de dias úteis.

No mês, "marcado por condições menos favoráveis à produção de energia renovável", a energia solar destacou-se com um novo máximo diário de potência, ultrapassando os 3.300 MW.

Em julho, a produção solar representou 17,5% do consumo mensal, praticamente a par da energia eólica, que contribuiu com 22%. No total, a produção de energia renovável abasteceu 54% do consumo, enquanto a produção de energia não renovável representou 17%, sendo os restantes 29% abastecidos por importações.

No mercado do gás natural, o consumo aumentou 17% em julho face ao mesmo mês do ano anterior, impulsionado pelo segmento de produção de eletricidade, enquanto o segmento convencional, que inclui os restantes consumidores, registou uma quebra homóloga de 12%.

O abastecimento nacional foi assegurado na sua quase totalidade pelo terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines, sendo que apenas 3% do abastecimento provém da interligação com Espanha.