Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da ULSAA, Miguel Lopes, explicou que o negócio está em fase de "pré-assinatura" do contrato de compra e venda com a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, proprietária do antigo Colégio Diocesano de Santo António.

De acordo com Lopes, a aquisição do colégio, que ocupa uma área de cerca de 3,5 hectares, implicará um investimento de 2,5 milhões de euros, sendo este valor suportado pelo Orçamento de Estado.

Após a aquisição, obras de requalificação e construção de um novo edifício no local do antigo colégio, Miguel Lopes espera desenvolver o projeto "Campus da Saúde de Portalegre", com um investimento de 40 milhões de euros.

Antes, segundo o presidente do conselho de administração da ULSAA, está a ser feito um estudo de viabilidade para "garantir" que o projeto tem "um fim em si mesmo", beneficiando a comunidade e a eficiência dos serviços prestados. Está também em curso um estudo de viabilidade económica e financeira que "abrange todas as fases", incluindo a aquisição do espaço e a renovação.

Numa primeira fase, o projeto a desenvolver no antigo colégio vai "dar prioridade" aos serviços de ambulatório.

Do hospital de Portalegre serão deslocados os serviços de ambulatório, toda a unidade de oftalmologia, a unidade de cardiologia, a unidade de pneumologia e o serviço de fisioterapia.

O Centro de Saúde de Portalegre, o centro de diagnóstico de pneumologia, o departamento de saúde pública, o laboratório de saúde pública e outros serviços localizados noutros locais da cidade serão também concentrados no Campus de Saúde de Portalegre.

"Esta primeira fase da reabilitação da Escola de Santo António será um espaço único dedicado exclusivamente à melhoria dos cuidados de ambulatório à comunidade", disse.

Ao mesmo tempo que liberta espaço no hospital de Portalegre, a ULSAA pretende reabilitar estas áreas para alargar o serviço de urgência, o laboratório de análises clínicas, o serviço de imagiologia e outros departamentos.

"Em termos gerais, o objetivo é centralizar toda a infraestrutura dedicada aos cuidados de saúde, desde a saúde pública aos cuidados paliativos, no atual espaço do Hospital Doutor José Maria Grande (Hospital de Portalegre) e da escola", explicou.

Segundo Miguel Lopes, "se tudo correr como previsto", o projeto do Campus da Saúde de Portalegre deverá estar concluído em 2029.