De acordo com o documento, o Governo pretende "aprofundar a reforma da coordenação front-office/back-office dos serviços públicos, com recurso às tecnologias disponíveis, incluindo a inteligência artificial", alargando "os serviços cujos processos podem ser tratados de forma totalmente digital", mas "assegurando o atendimento presencial ou remoto aos cidadãos tecnicamente excluídos".

O Governo pretende ainda "assegurar a interoperabilidade entre os serviços da administração pública", eliminando redundâncias, com "partilha inteligente de dados entre serviços", respeitando a privacidade e assegurando a aplicação do "princípio do uma só vez, para que os cidadãos e as empresas não tenham de fornecer dados já disponíveis ao Estado, e convergindo para a utilização de uma plataforma única de interface da administração central com os cidadãos e as empresas".

No documento, o executivo indica que pretende avançar na "digitalização, desmaterialização de processos, desenvolvimento tecnológico, reforço da cibersegurança e integração de ferramentas de inteligência artificial na administração pública".

Para isso, cada ministério vai fazer um "levantamento exaustivo de todos os processos burocráticos com que as empresas e os cidadãos se deparam (com destaque para as áreas da saúde, educação e serviços intensivos em conhecimento)".

Cada processo será assim objeto de uma avaliação e, caso não se justifique a sua existência, será eliminado.

O objetivo, neste momento, é "avançar com a digitalização total de todos os processos administrativos, incluindo a integração com IA para validação automática de formulários, alertas de pendência e preenchimento assistido".

Para além disso, o Governo destacou a sua intenção de "implementar rapidamente a Estratégia Nacional para o Digital (EDN) já publicada" e de "finalizar e implementar a Agenda Nacional para a Inteligência Artificial, desencadeando uma nova era de crescimento da produtividade na economia nacional e de eficiência na Administração Pública".