Organizado pela associação O Elefante na Sala, o festival tem como objetivo trazer uma nova visibilidade ao teatro físico em Portugal.

A iniciativa inclui apresentações, workshops e um desfile de rua, de acordo com um comunicado à imprensa. Segue a criação de uma escola de teatro físico em Coimbra pela mesma associação, que respondeu ao que os organizadores viam como uma falta de presença da forma de arte no país.

“Embora todo teatro seja físico, esse termo ajuda a identificar o tipo de teatro que queremos dizer, que envolve máscaras, palhaçada e pedagogias alternativas”, explicou Hugo Inácio, diretor artístico do festival.

Inácio acredita que houve um declínio na exploração do teatro físico e da performance de rua. Embora não sugira que seja uma forma superior, ele argumenta que ela oferece aos atores técnicas concretas de criação e performance, algo que muitas vezes falta no treinamento tradicional

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Ele também apontou uma lacuna no treinamento de atores com foco no corpo, observando que a maioria das disciplinas físicas nas escolas de teatro ainda são ensinadas pela dança. instrutores.

Os destaques do festival incluem Sítio, da Companhia da Chanca, usando máscaras de larvas; Fiasco, um show de variedades em estilo cabaré espanhol do Panicoteatro; e Os Inocentes Descendentes do Indecentes, do coletivo AfterParty, com sede em Coimbra.

No dia 13 de setembro, uma aula magistral de comédia contemporânea será conduzida por Arturo Bernal, do Festival MUEVE da Espanha, e Hugo Inácio, terminando em um desfile de rua pelo centro de Coimbra com artistas locais.

Ao longo do mês, workshops serão realizados no antigo salão paroquial de Almedina, liderado por Nuno Pino Custódio, Arturo Bernal e Aldara Bizarro, abordando tópicos como máscaras da Commedia dell'Arte, bufonaria moderna, cabaré e dança falada.

O festival começa com uma discussão pública sobre o estado atual do teatro físico em Portugal.