Essas duas metas estão incluídas na moção estratégica de José Luís Carneiro à liderança do PS, a que a agência de notícias Lusa teve acesso, na qual apresenta o que chama de “Pacto do Futuro de Portugal”, “um pacto com as gerações mais jovens e futuras”, que tem “como horizonte a visão do país” que pretende ter até 2050.
Neste pacto, José Luís Carneiro defende a necessidade de uma “política sólida de aumento de renda e redução da carga fiscal, para que, dentro de 10 anos, o salário médio português atinja o salário médio europeu”.
O candidato à liderança do PS defende que “salários justos são um pré-requisito necessário para a dignidade do trabalho e para a qualidade de vida dos trabalhadores, contribuindo para uma maior justiça social, num quadro de desenvolvimento socioeconômico harmonioso do país”.
“O desenvolvimento social do país exige um aumento de salários e renda, o que pressupõe crescimento econômico e que trabalhadores e empreendedores façam parte do sucesso das empresas”, lê-se.
Este pacto, apresentado na moção de José Luís Carneiro, inclui também metas para a habitação, setor no qual defende que o PS deve continuar a priorizar “novas políticas, reforçando o sentido de emergência social nas suas ações nesta área”.
“Nosso objetivo deve ser garantir que, dentro de dez anos, todas as famílias tenham acesso à moradia digna, combinando a oferta do mercado com a oferta municipal de moradia e incentivos para a construção de casas acessíveis”, argumenta.
O candidato à liderança do PS também acredita que o partido deve reafirmar a defesa de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “robusto e moderno”, um “sistema público de pensões que garanta equidade intergeracional” e “uma escola pública de qualidade que seja um fator de melhoria das qualificações e da igualdade de oportunidades”.
“O PS rejeita a privatização dos cuidados de saúde, a comercialização das pensões e a desorçamentação das escolas públicas”, argumenta.
As eleições internas para a liderança do partido PS ocorrerão nos dias 27 e 28 de junho e, até agora, José Luís Carneiro é o único candidato a suceder a Pedro Nuno Santos, que renunciou ao cargo de secretário-geral do partido na sequência dos resultados das eleições legislativas de 18 de maio.