Luís Montenegro foi mais uma vez questionado sobre o tema que marcou a pré-campanha no sábado: o anúncio do governo de que a Agência de Integração, Migração e Asilo (AIMA) começará a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, esta semana, para deixarem o país voluntariamente dentro de 20 dias.

“As coisas não estão acontecendo porque há eleições. As coisas estão acontecendo porque o processo começou em junho do ano passado. Não foi acelerado agora. Não foi nada acelerado”, assegurou, dizendo que “o processo tem que avançar e não pode parar” devido às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio

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Sobre este tema, Montenegro disse que o Governo começou por criar uma estrutura de missão e centros de serviço, e multiplicou “a capacidade de serviço da AIMA por sete”.

“Temos mais de 450 funcionários espalhados por todo o país, mais de 500 advogados envolvidos nessa operação. A operação que estamos realizando atualmente é muito, muito significativa. São mais de 400 mil casos que estamos recuperando e processando”, destacou.

Quando questionado sobre as críticas do PS de que há uma 'Trumpização' da campanha, Montenegro disse que não queria comentar sobre “o que os outros dizem”, mas acabou respondendo.

“Há um problema com a oposição em Portugal no momento: eles estão muito focados em falar mal do governo. Eu fazia parte da oposição e, às vezes, falava bem do governo e também reconhecia as coisas que o governo fazia bem. E acho que os eleitores gostam disso, gostam de alguém que está na oposição e ainda reconhece que precisamos trabalhar na mesma direção”, disse ele.

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