Em comunicado, a GNR afirmou que em 2023 registou 214 casos, 174 no ano passado e 44 casos no primeiro semestre deste ano.

O Jornal de Notícias publicou dados da PSP (Polícia Nacional) sobre falsos aluguéis de casas de férias no primeiro semestre deste ano na edição de hoje. A polícia recebeu 748 denúncias, 17% a mais do que no mesmo período de 2024

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Entre 2023 e 30 de junho deste ano, a PSP registrou 3.801 casos de aluguéis de férias falsos. No mesmo período, a GNR (Guarda Nacional Republicana) registou 436 atos ilegais, deteve 101 pessoas e identificou 311 suspeitos, segundo dados do Jornal de Notícias

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Em comunicado, a GNR informou que, dentro da sua jurisdição, de 2023 a 30 de junho deste ano, registrou 436 casos de falsos aluguéis de casas de férias, a maioria nos distritos de Faro (95), Porto (79) e Braga (70).

A GNR registou uma redução de 16,8% no número de crimes de fraude envolvendo arrendamento de casas de férias, comparando os anos de 2023 e 2024.

“No entanto, parece que esse fenômeno ocorre de forma dispersa por todo o país”, segundo a GNR.

No comunicado, a Guarda afirma que prendeu 60 pessoas por cometerem esse tipo de crime em 2023, 29 em 2024 e 12 neste ano (dados provisórios em 30 de junho).

Para esse mesmo tipo de crime, 140 suspeitos também foram identificados em 2023, 138 em 2024 e 33 no primeiro semestre de 2025.

A GNR afirma que não existe um modus operandi específico para este crime, pois vários métodos são usados para atingir o mesmo objetivo.

“Como regra, descobrimos que os suspeitos publicam anúncios de aluguel de propriedades a preços atraentes em sites proeminentes e altamente visíveis. Alguns desses anúncios podem ser acompanhados por fotografias de imóveis, apesar do contexto e dos detalhes do aluguel serem falsos”, observou o policial

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Normalmente, as vítimas pesquisam propriedades para alugar durante as festas de fim de ano e realizam suas pesquisas on-line. Quando encontram o imóvel desejado, que tem um preço inferior ao da concorrência, entram em contato com o anunciante

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A vítima é solicitada a pagar uma certa quantia em dinheiro, comumente chamada de “depósito”, para garantir a propriedade desejada, e só percebe que foi enganada meses depois.

No comunicado, a GNR alerta contra esse tipo de fraude, recomendando que o público desconfie de ofertas com preços muito abaixo do valor de mercado ou que pareçam muito vantajosas em comparação com propriedades similares na mesma área.

A GNR também aconselha comparar anúncios semelhantes e, sempre que possível, solicitar uma visita ao imóvel. Também recomenda pesquisar a propriedade em várias plataformas, tendo em mente que ela pode ser anunciada em locais diferentes com preços diferentes

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Estar alerta para solicitações de depósito sob o pretexto de ter muitas partes interessadas, verificar outros anúncios com as mesmas fotos ou relatórios de fraude associados e solicitar a identificação e as informações de contato do anunciante ou proprietário são outras recomendações.