No meu trabalho recente, a ideia de dizer a nossa verdade surgiu várias vezes. Por isso, neste artigo, quero explorar a razão pela qual é importante dizer a nossa verdade e o impacto que isso pode ter em nós e naqueles que nos rodeiam.

A parte do corpo ligada à expressão da nossa verdade encontra-se no chakra da garganta - o centro energético associado à comunicação, autenticidade e auto-expressão. Fisicamente, localiza-se na base da garganta e inclui a caixa vocal. Energeticamente, é o que nos permite expressar quem somos e aquilo em que acreditamos. Quando o nosso chakra da garganta está aberto e equilibrado, sentimo-nos com poder para partilhar os nossos pensamentos, sentimentos e desejos honestamente.

Quando colocamos em palavras o que realmente queremos ou sentimos, algo transformador acontece. Começamos a despir as camadas de condicionamento social e as expectativas dos outros. Nesse momento, alinhamos com a nossa verdade interior - o nosso eu autêntico. Quando falamos com clareza e propósito, enviamos sinais poderosos ao universo sobre quem somos e do que precisamos.

Claro que nem sempre é fácil. Falar a sua verdade significa muitas vezes entrar em território desconfortável. Pode significar desafiar as expectativas dos outros ou expressar emoções que estiveram enterradas durante demasiado tempo. Pode até sentir-se vulnerável ou exposto. Mas isso faz parte do processo, pois permite-nos crescer.

Este mês, pode notar que questões do passado estão a vir à tona, particularmente em torno de momentos em que não se sentiu ouvido ou validado. Isto pode manifestar-se sob a forma de discussões ou de distanciamento emocional, sobretudo com pessoas que habitualmente não o conseguem encontrar a meio caminho.

Em alguns casos, pode sentir-se atraído para se distanciar de pessoas que não o ouvem. Se eles continuarem a não estar dispostos a ouvir ou a reconhecer as suas necessidades, isso pode marcar um ponto de viragem - um momento para deixar ir e criar espaço para relações mais recíprocas e nutritivas. No entanto, isto pode não levar a um fim. Por vezes, estas conversas conduzem a uma redefinição de uma relação. Ao expressar os seus desejos de forma clara e respeitosa, pode descobrir que os outros estão mais dispostos a encontrá-lo onde você está, levando a uma ligação mais honesta e solidária.

Quando sentir a necessidade de dizer a sua verdade, também é importante certificar-se de que está a empacotar o que quer dizer de uma forma que transmita o seu ponto de vista sem ofender a outra parte, ou ofendendo-a o menos possível. Por isso, pode valer a pena escrever pontos sobre o que quer dizer, para o dizer de uma forma ponderada e equilibrada e garantir que se sente equilibrado e com os pés assentes na terra quando tem a conversa.

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Ao darmos voz ao que nos vai na alma, estamos a definir um novo curso de ação no qual as nossas necessidades serão satisfeitas, uma vez que, assim que as vocalizamos, elas estão lá fora no universo, a caminho de nos trazerem o que precisamos, quer seja manifestação, ajuda ou apoio ou qualquer outra coisa. É uma forma de nos libertarmos e honrarmos as nossas verdades. Mas é também uma forma de sermos autênticos e de aparecermos por nós próprios, sabendo o que precisamos e amando-nos o suficiente para fazer algo a esse respeito.

Também vale a pena notar que esta viagem não é apenas sobre falar - é também sobre ouvir. É possível que este mês encontre pessoas que sintam necessidade de falar, mesmo que o que estejam a dizer não esteja de acordo com a sua perspetiva ou com a verdade tal como a conhece. Por vezes, é necessário deixá-las falar a sua versão, mesmo que pareça mal orientada. O processo deles pode levá-los a descobrir a sua própria verdade - e, com o tempo, podem surgir provas ou clareza que revelem um quadro mais completo. Ao permitir que os outros falem, está a ajudá-los a começar a curar e a equilibrar o seu próprio chakra da garganta, tal como está a trabalhar no seu.

Quando nos damos permissão para expressar o que realmente pensamos e sentimos, enviamos uma mensagem - não apenas para os outros, mas para nós mesmos e para o universo - de que nossas necessidades são importantes. Isto põe em movimento as rodas da manifestação e da libertação.

Em última análise, dizer a sua verdade é um ato de amor-próprio. Significa mostrar-se por inteiro, abraçar a sua vulnerabilidade e dar prioridade ao seu bem-estar emocional.

Por isso, pergunte a si próprio este mês: Que verdade tenho andado a reter? O que é que preciso de dizer e a quem? E, mais importante, estou pronto para ser ouvido?