Três meses e meio após a entrada em vigor da chamada “rota verde” para contratação de trabalhadores estrangeiros, os empregadores já enviaram pedidos para recrutar 493 imigrantes sob esse protocolo.

De acordo com o Diário de Notícias, apenas a Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP) e a Associação dos Trabalhadores da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) apresentaram candidaturas, enquanto os setores do Turismo, Comércio e Serviços não solicitaram vistos devido à sua incapacidade de cumprir os requisitos de alojamento.

A confederação, liderada por Álvaro Mendonça e Moura, apresentou 380 pedidos e concedeu oito vistos. A associação que representa o setor da construção apresentou candidaturas para 113 trabalhadores, 48 dos quais já receberam luz verde da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas (DGCACCP). A força de trabalho vem principalmente de Cabo Verde, Angola, Colômbia e Perú

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A AICCOPN quer ir mais longe e atualmente está finalizando outra rodada de inscrições para contratar 137 trabalhadores imigrantes, com o objetivo de lidar com a escassez de mão de obra no setor. “Nesta fase do RRP [Plano de Recuperação e Resiliência] e do Portugal 2030, precisamos de 80.000 a 90.000 trabalhadores. Espero que este protocolo acabe por resolver, ou pelo menos aliviar, os problemas na indústria da construção”, observou Manuel Reis Campos, presidente da CPCI (Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário

).